Não amo melhor
nem pior do que ninguém.

Do meu jeito amo
Ora esquisito, ora fogoso,
às vezes aflito ou ensandecido de gozo.
Já amei até com nojo.

Coisas fabulosas acontecem-me no leito.

Nem sempre de mim dependem, confesso.
O corpo do outro é que é sempre surpreendente.


O amor e o outro
(Affonso Romano de SantAnna)

Exaltação

Viver! Beber o vento e o sol!... Erguer
Ao céu os corações a palpitar!
Deus fez os nossos braços pra prender,
E a boca fez-se sangue pra beijar!
A chama, sempre rubra, ao alto, a arder!...
Asas sempre perdidas a pairar,
Mais alto para as estrelas desprender!
...A glória!... A fama!... O orgulho de criar!...
Da vida tenho o mel e tenho os travos
No lago dos meus olhos de violetas,
Nos meus beijos extáticos, pagãos!...
Trago na boca o coração dos cravos!
Boêmios, vagabundos, e poetas:
- Como eu sou vossa Irmã, ó meus Irmãos!...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A PRIMEIRA VEZ

Olá amigos e amigas, hoje vou contar como conheci o mundo do sexo.

Tive minha primeira relação sexual aos 18 anos, idade tardia para minhas amigas. Também pudera, beijei na boca apenas aos 15 anos. Confesso que tentei transar antes, com meu namorado da época, Túlio, mas as tentativas foram frustradas, sentia dor. Hoje sei que não dor, mas medo, afinal, era apenas ele me encostar que já pedia para parar.

Lembro de uma viajem para Cabo Frio em que minha mãe me pediu para ir buscar um objeto que esqueceu no apartamento de uma amiga. Na hora que me pediu, todos estávamos na praia, inclusive essa amiga dela, que prontamente me entregou as chaves. Claro que chamei Túlio para ir comigo. Lá chegando, tive um impulso, um instinto felino me tomou. Segurei Túlio por trás, arranquei sua camisa e lambi suas costas. Comecei na nuca e desci até o cóccix, para depois subir novamente até a nuca, passando por seu pescoço até chegar as orelhas. Senti seu corpo arrepiar. Ele se virou e beijou na boca vorazmente, como se fosse me devorar, mordendo meus lábios, enquanto suas mãos iam me despindo. Ao ficar completamente nua, me jogou na cama pondo – me de bruços. Ele então ele me lambeu, por completo. Então me virou e novamente me lambeu. Passou pelo pescoço, desceu aos seios, sua língua faziam mini círculos em meus mamilos. Desceu a barriga e, ao chegar a minha virilha, apenas soprou pulando para as coxas até chegar aos pés. Nem preciso dizer que meu corpo estava completamente dominado, me contorcia inteira e ondas de calor passaram por mim. Meu rosto ardia. Não sabia na época, mas ali tive meu primeiro orgasmo.

A primeira vez não foi nada convencional. Estava com Túlio em viajem de férias no interior de Minas. Fomos a uma festa em uma boate, bebemos muito e dançamos (sou péssima dançarina, mas isso não vem ao caso). Minha amiga se interessou por um carinha e eu, que me acho o cupido fui conversar com o cara e tentar agilizar uma ficada. O som era alto e tínhamos que conversar no ouvido. Túlio viu a cena e em questão de segundos estava lá, puxando meu braço me xingando de todos os nomes possíveis. Claro que a noite teria terminado ali. Saímos daquele ambiente sentamos no meio fio. Juras de amor eterno e perdão. Nossos amigos saíram e subíamos para casa, mas decidimos, num impulso, a entrar numa avenida (entenda como rua mais larga, já que de avenida não tinha nada) e, encostados na parede, ele levantou minha saia, tirou minha calcinha e me comeu ali mesmo, em pé, abaixo de uma janela qualquer. Dor? Nenhuma, apenas aquela sensação novamente, aquela em que a onda de calor tomou conta do meu corpo, minhas pernas ficaram bambas e meu rosto ardia (nossa, só de contar isso sinto uma onda de calor no corpo)...

Apesar de não ser como toda garota sonha para ter a sua “primeira vez” foi inesquecível. Faria tudo novamente.

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